quinta-feira, 27 de junho de 2013

Entre o púlpito e as ruas

A distância entre o púlpito e as ruas
Ricardo Gondim
Oportuno ressuscitar o Chacrinha: Quem não se comunica se trumbica. Em plena ebulição de manifestantes lotando centenas de cidades pelo Brasil a fora, uma breve visita aos programas evangélicos revela não apenas a desconexão das principais igrejas-empresas, como a alienação que elas submetem seus fieis. Todas mantêm o velho e sovado discurso do milagre, da bênção da prosperidade e da salvação para depois da morte. Resta uma pergunta: os comunicadores evangélicos são bem-sucedidos em suas empreitadas? A resposta cabe tanto um sim como um não. Sim, caso se considere o espetacular crescimento numérico dos crentes e fortuna que amealham. Não, se levarmos em conta o recrudescimento de preconceitos e a ostensiva rejeição que evangélicos sofrem entre os formadores de opinião.
Dificilmente qualquer um dos famosos televangelistas se aventurariam nas ruas durante os protestos. Nenhum deles marcharia ao lado daqueles primeiros manifestantes. Chego a pensar no pior. Se rasgaram bandeiras de partidos, imagine o que fariam aos mais audazes televangelistas – os que vivem de dedo em riste. Se já aconteceram relatos de discriminação contra pastores ao preencherem cadastro de crediário ou quando alugam casas e fazem o check in em hotel, numa passeata em que xingam tudo e todos, os pastores seriam linchados. Se políticos são considerados – numa generalização irresponsável – corruptos, o senso comum trata pastores como falastrões, sempre ávidos por dinheiro.
Eugene Peterson narra sua aflição numa conversa com um passageiro que viajava ao seu lado pela Ásia. Em determinado momento, o homem indagou a profissão de Peterson. Sou pastor, respondeu. A reação do homem foi constrangedora: Pastor, responda-me, por favor: por que, quando me vejo perto de um monge budista, tenho a sensação de estar ao lado de um santo homem de Deus, mas junto de um pastor fico com a impressão de que converso com um  homem de negócios?
Líderes evangélicos precisam acordar: o tempo reclama por mais do que mera retórica. Na inquietação popular, evidenciou-se a penúria dos sermões – o conteúdo dos púlpitos não vai além de chavões surrados, reciclados e esvaziados por excessivo uso. A grande maioria dos pastores só tem um punhado de versículos – não passam de uma centena – pinçados dos contextos de guerra ou da percepção do Deus ainda tribal em Israel. Pastores repetem ad nauseum vitória nas batalhas e milagres excepcionais, mas não conseguem articular agenda de mudança social. O meio gospel trata como excepcionais evangelistas que decoram esses poucos versículos e conseguem citá-los, como rajada de metralhadora, no meio de um sermão. A retórica funciona bem entre os que se acostumaram à subcultura gospel, mas soa estranha fora de seus muros.
O tempo exige credibilidade. Cansado de corrupção, de conto-do-vigário, o povo precisa de um aceno mínimo dos pastores de que eles não participam da mesma cultura dos caudilhos, dos coronéis, das oligarquias e das elites que se favoreceram da miséria. Caso contrário, permanecerá no país a ideia de que eles não passam de espertalhões, prontos a surfar na onda que prevelacer. O povo os procurará apenas para conseguir bênção, mas jamais acreditará que têm proposta de como organizar a vida. Assim pastores se condenam à categoria de feiticeiros, hábeis na técnica de acessar o sobrenatural, fazendo com que a magia substitua o engajamento político e a religião continue vassala dos interesses de quem precisa de alienados.
Agora, mais do que nunca, tornou-se imperativo sintonizar sermão e vida. De nada serve lidar com conceitos que fazem todo sentido em torres de marfim. Como o evangelho não doura a pílula existencial, os pastores não podem ter a pretensão de que, em tese, os fieis, literalmente, andam sobre as águas, seguram serpentes sem serem picados e bebem veneno. Os cristãos também sofrem em ônibus lotados, também esperam semanas por vaga em hospital público e também sobrevivem com subsalários.
Tornou-se inadiável o diálogo entre a igreja e os diferentes setores que reivindicam mudança radical. Ficou claro: o problema da corrupção, pobreza crônica e injustiça social extrapola pessoas e partidos políticos. Qualquer partido, uma vez no poder, ficará exposto a uma estrutura que exige que ministros ou presidentes de estatais – da Petrobrás aos Correios – sejam ocupados, não por técnicos, mas por indivíduos que defendem os interesses particulares de caciques partidários.
O dilema shakespeareano em que o Brasil se meteu é: mudança ou revolução, eis a questão. Os neopentecostais brasileiros podem até pedir mudança, mas parecem indispostos a “vender tudo e dar aos pobres”. Envolver-se numa revolução radical de inclusão, ascensão social e justiça econômica custa caro – uma cruz. Em Para além do bem e do mal, Nietzsche disse que quando adestramos a nossa consciência, ela beija-nos ao mesmo tempo que nos morde. Fica a sensação de não haver grupo mais preocupado nesse adestramento do que os neopentecostais; e mesmo que não cogitem, eles estarão entre os que serão mordidos.
O Brasil ferveu e os pastores pediram aos crentes que orassem. Pobres líderes. Esqueceram da resposta de JHVH a Moisés diante do Mar Vermelho: Por que orar nesta hora? Manda o povo que marche. Infelizmente, poucos pastores têm coragem de serem os primeiros a colocar o pé nas águas tumultuadas de um oceano de incertezas. Mais uma vez grandes segmentos da comunidade evangélica perderam okairós da história e de Deus. Repito: infelizmente.

domingo, 23 de junho de 2013

Frases de Billy Graham

FRASES DE BILLY GRAHAM


“Avivamento não é descer a rua com um grande tambor; é subir ao Calvário em grande choro.” (Billy Graham)

“Cabeças quentes e corações frios nunca resolveram nada.” (Billy Graham)

“Dê-me cinco minutos com o talão de cheques de uma pessoa, e eu vou lhe dizer onde o seu coração está.” (Billy Graham)

“Deus não nos disciplina para subjugar-nos, mas para nos condicionar para uma vida de utilidade e bem-aventurança.” (Billy Graham)

“Deus nos deu 2 mãos: uma para receber e outra para dar. Não somos cisternas feitas para acumular; mas tubos para compartilhar.” (Billy Graham)

“Estude a Bíblia para ser sábio; creia na mesma para ser salvo; siga os seus preceitos para ser santo.” (Billy Graham)

“A ansiedade é o resultado natural de centralizarmos nossas esperanças em qualquer coisa menor do que Deus e Sua vontade para nós.” (Billy Graham)

“A bíblia não manda que os pecadores procurem a igreja, mas ordena que a igreja saia em busca dos pecadores.” (Billy Graham)

“A coragem é contagiosa. Quando um homem valente permanece firme, os outros também endurecem.” (Billy Graham)

“A oração é simplesmente uma conversação de mão dupla entre você e Deus.” (Billy Graham)

“A Salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos.” (Billy Graham) 
“Eu tenho certeza que a pregação para ser eficiente tem de ser bíblica.” (Billy Graham)

“Minha casa está nos céus. Eu estou apenas viajando por este mundo.” (Billy Graham)

“Não é a postura do corpo, mas a atitude do coração que conta quando oramos.” (Billy Graham)

“Nenhum erro é tão grosseiro quanto o do velho chavão que diz: “Qualquer religião serve, desde que se seja sincero.” (Billy Graham)

“Nestes dias de complexo de culpa, talvez a mais gloriosa palavra de nossa língua seja ‘perdão’.” (Billy Graham)

“Nós somos as Bíblias que o mundo está lendo… Nós somos os sermões que o mundo está prestando atenção.” (Billy Graham)

“O sofrimento faz parte da condição humana, e vem para todos nós. A chave é a forma como reagimos a ele, ou se afastando de Deus em raiva e amargura ou se aproximando dEle em confiança.” (Billy Graham)

“Qualquer filosofia que trate apenas do aqui e agora não serve para o homem.” (Billy Graham)

“Quando nascemos de novo, somos todos bebês, e não crentes maduros; e os bebês precisam de muito amor e paciência.” (Billy Graham)

“Quando o homem endurece o coração, Deus continua a falar-lhe, mas o homem não pode ouvir.” (Billy Graham)

“Se a mente humana pudesse provar a Deus plenamente, Ele não seria maior que a mente que o prova.” (Billy Graham)

“Toda vez que o homem pensa em navegar para longe de Deus, o diabo tem sempre um barco pronto.” (Billy Graham)

“Um verdadeiro cristão é uma pessoa que pode dar o seu papagaio de estimação para os fofoqueiros da cidade.” (Billy Graham)

“Uma pessoa pode ser intelectualmente brilhante, mas espiritualmente ignorante.” (Billy Graham)