O PRINCIPIO DA SANTIDADE – Mateus 5:6

O PRINCIPIO DA SANTIDADE – Mateus 5:6

“Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão fartos”.

Introdução: Na organização desse principio me recordei do folheto evangelístico as quatro leis espirituais, afirmando que quando negligenciamos um principio das leis físicas há consequências físicas, por exemplo: poluição, aumento da temperatura global, enchentes; há também consequências espirituais quando violamos leis espirituais, exemplo: fazer sacrifícios físicos procurando agradar a Deus e buscar santidade, frustração espiritual , estagnação na vida cristã.

Na Palavra de Deus a expressão “justiça” é usada em pelo menos dois sentidos básicos: A justiça imputada ou justificação: o ato de Deus pelo qual ele nos liberta da culpa do pecado e nos declara justos em virtude da obra redentora de Cristo. 2) Justiça ética (santificação): conduta ilibada concordante com a Palavra e que agrada ao Senhor. Para melhor compreensão do principio da santidade é importante olharmos para a palavra justiça como Jesus a usou dentro do sermão da montanha.

Da mesma forma que há consequências negativas e prejudiciais na violação dos princípios das leis físicas e espirituais, também há benefícios na observação e pratica de tais princípios. Nessa mensagem veremos três importantes ensinamentos sobre o que ensinou Jesus nessa parte do importante sermão da montanha.

I – O QUE JESUS QUER NS ENSINAR COM A EXPRESSÃO “BEM AVENTURADS OS QUE TEM FOME E SEDE DE JUSTIÇA”?

Penso que Jesus está se referindo ao principio da santidade, porque trata-se do principio de ser semelhante ao Senhor, de retidão de prumo, de justiça. Os princípios contidos no sermão da montanha primeiramente nos exorta no campo da vida pessoal e secundariamente no social, por isso a fome e sede de ver uma sociedade justa deve ser antecipada pela fome e sede de ser individualmente justo, reto, de ser santo.

Há muitos ensinamentos e compreensões errados, distorcidos acerca da santidade: o conceito de beatificação e canonização que se encontra num extremo distante do ensinamento bíblico afirmando que os beatos e pessoas que passaram por sofrimentos e aflições físicas são santos. Contudo o conceito bíblico de santidade desmente a compreensão ensinada pelo romanismo e praticada por muitos cristãos modernos.

A palavra santo literalmente significa “separado”, portanto santo é todo aquele que foi separado para o Senhor.

Há duas palavras com o significado de Santo no velho (Kadoch) e novo testamento (Hagios) significando separado, colocado a parte.

O novo testamento chama de santo todos as pessoas que verdadeiramente nasceram da água e do Espírito, seguiram a fé procurando viver semelhantes a seu Senhor, veja: Romanos 1:7, I Coríntios 1:2.

O principio da santidade tem a ver com a decisão de aceitar a Palavra de Deus e levá-la a sério com a finalidade de obedecê-la, tornando-se bem aventurados (João 14:21, Tiago 1:27).

Entendemos que fome diz respeito a apetite, desejo pela vida, saúde, já a inapetência se relaciona ao enfraquecimento, doença e morte.

II – PREJUIZOS ADVINDOS DA DESOBEDIENCIA DO PRINCIPIO DA SANTIDADE

No momento que buscamos a santidade por outra fonte a não ser através dos méritos de Jesus consequências danosas nos perseguem. Nossa vida cristã se torna enfadonha e pesada, gerando estagnação espiritual (Hebreus 5:11-14), perda de interesse pelos assuntos do Reino, acompanhado por falta de alimentação. Esse repertório de comportamentos repetitivos gera uma religiosidade aparente (farisaísmo moderno), profissionalismo pastoral acompanhado de irresponsabilidade social.

Como vimos os princípios contidos nas bem aventuranças proferidas por Jesus em Mateus 5 primeiro se aplica no campo pessoal e posteriormente no social. Precisamos em um munto injusto, lutar contra a injustiça e promover a justiça e a paz existente no Evangelho do Reino.

Conclusão: Louvamos a Deus, pois o Senhor Jesus nos torna cada vez mais santos e justos em nossa vida privada e pública. Pelo Espírito Santo estamos sendo transformados de glória em glória. Não seremos plenamente satisfeitos com a justiça e a perfeição de Deus ainda nesta vida. Enquanto aqui vivermos nunca seremos perfeitamente justos, uma vez que possuímos uma natureza pecaminosa e o pecado não foi ainda extinto deste mundo. Porém, isso não deve deixar-nos desanimados ou relaxados com o pecado, pelo contrario deve motivar-nos ainda mais a ter fome e sede de justiça, pois temos plena certeza da promessa de Cristo de que seremos totalmente satisfeitos da justiça que tanto desejamos quando ele voltar. Nossa fome e sede chegarão ao fim quando Nosso Senhor voltar. Ele nos dará, por seu poder e graça, um corpo perfeito e glorificado, totalmente livre do pecado. Esse premio é para todos os que receberam a Cristo como Senhor e Salvador e viveram sua vida aqui na terra tendo fome e sede de justiça em meio a um mundo injusto, porem promovendo a justiça. Aleluia!.