quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

BARTH, Karl (1886-1968)

KARL BARTH (1886-1968) - BIOGRAFIA

Um dos teólogos protestantes mais influentes do século XX; conhecido por formular a teologia dialética, que ressalta o sentido existencial do cristianismo, reintegrando-o à sua base bíblica através da da doutrina da revelação e da fé.

1886 – Nasceu em Basiléia, na Suiça, em 10 de maio; cursou universidade em Berna, Berlim e Tübingen, terminando seus estudos em Marburg; trabalho no jornal “ Die Christliche Welt”; foi pastor reformado em Genebra e Safenwill; lecionou teologia em Göttingen, Munique e Bonn.



1935 – foi demitido do cargo de professor pelos nazistas; teve seus diplomas cassados pela declaração teológica do Sinodo de Barmem, onde criticou a nazificação da Igreja Reformada.


Na Suiça, ingressou no PSD, organizando a resistência dos pastores (movimento que foi aniquilado); envolveu-se em outras questões internacionais (operários em Viena e republicanos espanhóis).
1945 – Com o fim da guerra voltou à cátedra de Bonn, depois à Basiléia (onde se aposentou em 1961).

Sua doutrina é conhecida como Teologia Dialética ou Teologia da Crise; define-se como um vigoroso protesto contra o “neoprotestantismo” que era predominante desde o século XIX; reafirmou os princípios da Reforma, principalmente na obra “Der Römerbrief” (1919), lançando as bases do existencialismo alemão (elo entre Kierkegaard e Heidegger); combateu a teologia liberal, o iluminismo alemão e o moralismo (que excluía o encontro entre revelação e fé).

Em 1969, foi publicada sua monumental obra (26 volumes, iniciada em 1932): “Die Christliche Dogmatik”; os polos fundamentais de seu pensamento (revelação e fé) permeiam toda a sua dogmática, onde faz um exame crítico do conteúdo da mensagem que a igreja pronuncia sobre Deus; a fé cristã supera todas as outras religiões, pois afirma que Deus tomou a iniciativa em aproximar-se do homem, por intermédio de Jesus Cristo, através da sua graça e de sua palavra; esta mensagem transcende a própria Bíblia e cruza o abismo dialético que separa o homem do criador.

1968 – morreu em sua cidade natal, em 11 de dezembro.

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