ESQUIZOFRENIA, O QUE É E OS TIPOS
A esquizofrenia (do grego antigo σχιζοφρενία: formado por σχίζειν, skízein, 'separar, dividir', e φρήν, phrēn, phrenós, 'diafragma',[1] a parte do corpo identificada com a ligação entre o corpo e a alma.[2][3] O termo significa mais propriamente "cisão das funções mentais", considerando-se asintomatologia da doença.[4] É considerada pela psicopatologia como um tipo de sofrimento psíquico, classificado entre as psicoses. Na nomenclatura do DSM é descrita como um transtorno psíquico severo que se caracteriza classicamente pelo seguinte conjunto de sintomas: alterações do pensamento, alucinações (visuais, sinestésicas, e sobretudo auditivas), delírios e alterações no contato com a realidade. Juntamente com a paranoia (transtorno delirante persistente, na CID-10), o transtorno esquizofreniforme e o transtorno esquizoafetivo, as esquizofrenias compõem o grupo das psicoses.
É hoje encarada não como doença, no sentido clássico do termo, mas sim como um transtorno mental, podendo atingir pessoas de quaisquer grupos ou classes sociais.
De acordo com algumas estatísticas, a esquizofrenia atinge 1% da população mundial,[5] manifestando-se habitualmente entre os 15 e os 25 anos, em proporções semelhante entre homens e mulheres[carece de fontes], podendo igualmente ocorrer na infância ou na meia-idade.
Algumas pessoas acometidas da esquizofrenia se destacaram e se destacam no meio acadêmico, artístico e social. Um exemplo famoso é o do matemático norte-americano John Forbes Nash, que, apesar do desafio de conviver por toda a vida com os sintomas psicóticos típicos, é um intelectual importante, com grandes contribuições às áreas de economia, biologia e teoria dos jogos.
A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), na CID-10, publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), conclui que "num certo número de casos, que varia segundo as culturas e as populações, a evolução dirige-se para uma cura completa ou quase completa"[6].
Tipos:
Esquizofrenia residual:
Refere-se a uma esquizofrenia que já tem muitos anos e com
muitas consequências. Neste tipo de esquizofrenia podem predominar sintomas
como o isolamento social, o comportamento excêntrico, emoções pouco apropriadas
e pensamentos ilógicos.
Esquizofrenia simples:
Normalmente, começa na adolescência com emoções irregulares
ou pouco apropriadas, pode ser seguida de um demorado isolamento social, perda
de amigos, poucas relações reais com a família e mudança de personalidade,
passando de sociável a anti-social e terminando em depressão. É também pouco
frequente.
Esquizofrenia Indiferenciada:
Apesar desta classificação, é importante destacar que os
doentes esquizofrénicos nem sempre se encaixam perfeitamente numa certa
categoria. Também existem doentes que não se podem classificar em nenhum dos
grupos mencionados. A estes doentes pode-se atribuir o diagnóstico de
esquizofrenia indeferenciada.
Esquizofrenia Paranóide:
Predominam sintomas positivos como alucinações e enganos,
com uma relativa preservação o funcionamento cognitivo e do afectivo, o inicio
tende ser mais tardio que o dos outros tipos. É o tipo mais comum e de
tratamento com melhor prognóstico, particularmente com relação ao funcionamento
ocupacional e à capacidade para a vida independente.
Esquizofrenia Catatónica:
Sintomas motores característicos são proeminentes, sendo os
principais a actividade motora excessiva, extremo negativismo (manutenção de
uma postura rígida contra tentativas de mobilização, ou resistência a toda e
qualquer instrução), mutismo, cataplexia (paralisia corporal momentânea),
ecolalia (repetição patológica, tipo papagaio e aparentemente sem sentido de
uma palavra ou frase que outra pessoa acabou de falar) e ecopraxia (imitação
repetitiva dos movimentos de outra pessoa). Necessita cuidadosa observação,
pois existem riscos potenciais de desnutrição, exaustão, hiperpirexia ou
ferimentos auto-infligidos. O tratamento, portanto, é bem difícil.
Esquizofrenia Desorganizada:
Discurso desorganizado e sintomas negativos como
comportamento desorganizado e achatamento emocional predominam neste tipo de
esquizofrenia. Os aspectos associados incluem trejeitos faciais, maneirismos e
outras estranhezas do comportamento. É o tipo que tem tratamento mais
complicado.
Também e de referir um outro tipo que é esquizofrenia
infantil, um tipo raro de esquizofrenia (0,5% dos casos), não incluído no DSM.
Ocorre bem cedo na vida do indivíduo (os primeiros problemas surgem entre os 6
e 7 anos de idade). É bastante severa, tendo sintomas e disfunções mais intensas,
além de um tratamento mais difícil. Ainda não foi perfeitamente explicado o
mecanismo que determina a esquizofrenia infantil. Factores ambientais não
exercem qualquer influência sobre o aparecimento da doença, o que leva a
acreditar que a base dela é puramente genética. Características psicológicas
incluem falta de interesse, ecopraxia, ecolalia , baixo QI e outras
anormalidades.
Fonte Wikpédia